terça-feira, 25 de outubro de 2011

Paes anula contratos com cooperativas de vans no Rio.

E a desordem e caos nos transportes públicos continua....Após divulgação da "máfia" das vans a Prefeitura agora quer tentar consertar, mas enquanto as inúmeras tentativas serão feitas, o povo continua com um transporte público de péssima qualidade, metrôs e trens operando com super lotação e ônibus em condições precárias, sob engarrafamentos quilométricos. Mesmo pagando tarifas cada vez mais caras os cidadãos do Rio de Janeiro não consegue ao menos ter conforto e segurança ao ir e vir.


A Prefeitura do Rio decidiu retirar poder das cooperativas de vans que atuam no transporte público da cidade. Em decreto publicado na edição desta terça-feira no Diário Oficial, o prefeito Eduardo Paes declara nulo todos os contratos já firmados entre a prefeitura e as cooperativas para operar o chamado Sistema de Transporte Público Local (STPL), em fase de organização pelo município. No decreto, o prefeito reconhece que os motoristas pré-cadastrados pelas cooperativas é que serão os reais operadores das linhas. A decisão foi tomada após reportagem do programa "Fantástico", da TV Globo, mostrar que essas cooperativas muitas vezes são controladas por milícias ou traficantes que pagam propina à Polícia Militar e a fiscais para evitar a repressão.
"As recentes notícias veiculadas demonstram que houve um desvirtuamento inadmissível por parte das permissionárias das novas permissões concedidas em razão das licitações realizadas, o que não pode de forma alguma ser permitida pelo poder público" diz um trecho do decreto divulgado no Diário Oficial.
Segundo o decreto, para a assinatura dos contratos, os permissionário e eventuais motoristas auxiliares terão que apresentar certidões comprovando não ter antecedentes criminais. Essa exigência também era prevista para as cooperativas, o que levou algumas a alterarem os contratos sociais para participar das licitações.
Os permissionários terão agora que se organizar para fixar tabelas de horários e escalas de motoristas para honrar os acordos com o STPL. O novo sistema irá operar integrado às linhas de ônibus, mas sem concorrer com elas. Os veículos serão equipados pela Fetranspor com validadores do bilhete único para que levem passageiros de bairros não servidos por linhas de ônibus até os pontos com transporte público disponível.
O decreto foi visto por representantes do Sindvans Rio como resultado positivo das manifestações e encontros realizados durante dois meses junto ao poder legislativo. Para o diretor jurídico do sindicato, Guilherme Biserra, essa decisão só vem comprovar que os decretos 31.052 e 32.246 estavam errados, pois atrelavam o permissionário do Sistema de Transporte Alternativo Público Local (STPL) a cooperativa-empresa, criando um monopólio.
- Esse decreto foi uma vitória não do sindicato, mas sim de todos os trabalhadores autônomos legalizados do transporte alternativo, que muitas vezes eram escravizados e obrigados a pagar taxas a cooperativas ligadas diretamente às milícias e ao trafico para poderem circular em determinados bairros, principalmente na Zona Oeste da cidade - disse.
Segundo o presidente do Sindvans Rio, Adílson Honório, sustar os efeitos desses decretos foi um passo importante para garantir o emprego de milhares de permissionários que hoje operam dentro da legalidade no município, dando assim um tiro certeiro no coração da máfia da pirataria.
- Tínhamos conhecimento de que durante a campanha de 2008 o atual prefeito havia se reunido com cooperativas da Zona Oeste prometendo a realização de licitações, mas sinceramente, não podia acreditar que ele estivesse preso a qualquer tipo de acordo com essas cooperativas de fachada. Prova disso, foi que durante as nossas manifestações, tivemos um grande apoio da população - garantiu.
A regularização do transporte por vans era uma promessa de campanha do prefeito Eduardo Paes. A poucos dias do pleito, em 2008, Paes se reuniu com as cooperativas e prometeu ordenar o serviço. A promessa acabou com um movimento das cooperativas contra a eleição do atual prefeito. Recentemente, motoristas de vans autônomas iniciaram uma campanha para que as linhas não fossem entregues a cooperativas.

Fonte: O Globo



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