O Brasil está entre os países que levam o tema AIDS a sério. Só na Região Sudeste, concentra pouco mais de 50% dos infectados pelo HIV no país. Constata-se que o número de novos casos cresceu nas demais regiões. Na questão do crescimento da Aids, misturam-se aspectos comportamentais e falhas na política pública de prevenção. Esta geração não viveu os primeiros e apavorantes anos de disseminação, até então sem controle, de uma doença que na época, registrava alto grau de letalidade quase imediata, e sequer foi testemunha das ações de luta contra a Aids nos anos 90.
A demora no resultado de pacientes com Aids é o fator que mais explica o número ainda elevado de mortes provocadas pela doença - só no ano passado foram registrados 11.965 óbitos no país.
O ministério afirmou que vai gastar cerca de R$ 3 milhões em uma campanha de prevenção voltada para os jovens gays, grupo que está muito mais exposto à contaminação - a infecção entre eles subiu 10% em 12 anos.
Não podemos deixar de observar esses novos índices, temos que cobrar um maior combate e fiscalização das ações públicas de nossos representantes. Falta uma campanha mais ampla, que consiga chegar a todos os jovens, abordando a existencialidade do exame gratuito para erradicar a doença. Assim como um maior apoio aos já infectados através de tratamentos adequados.
É importante salientar também, a questão da prevenção e da "desmistificação" para que a população não veja a Aids como uma doença sem grave risco a saúde, pois este novo "sintoma" está contribuindo para o descaso e crescente número de infectados.
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